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Concelho de Silves

Silves  é uma  cidade  portuguesa  no  distrito de Faro , região e sub-região do  Algarve , com cerca de 6 300 habitantes. [1]  É sede de um  município  com 680,06 km² de área [2]  e 37 126 habitantes, [3] [4]  subdividido em 6  freguesias . [5]  O município é limitado a norte pelo município de  Ourique , a nordeste por  Almodôvar , a leste por  Loulé , a sueste por  Albufeira , a sudoeste por  Lagoa , a oeste por  Portimão  e Monchique  e o noroeste por  Odemira  e o sul tem litoral no  oceano Atlântico . Silves foi, durante diversos séculos, nomeadamente durante o domínio domínioo, capital do Algarve atual. [6]

Pertence à rede das  Cidades Cittaslow . [7]

Nos últimos anos o número de turistas que visitam o município tem vindo a aumentar de forma substancial, destacando-se, nomeadamente, como destino de turismo de cultura. [8]  Silves é uma das cidades mais antigas de  Portugal . [9]

História

Ver artigo principal: História de Silves

Reconstituição de Shelb (Silves) em 1230.

Gravura representando a rendição dos mouros de Silves.

O povoamento da região data desde o Paleolítico, sendo esta uma área de assentamento de povos, como os Cónios e os Célticos. Posteriormente, durante o domínio romano, chamar-se-ia Cilpes, nome que surge em algumas moedas romanas cunhadas nesse local no século I a.C.. Um dos espécimes encontrados apresenta no obverso o nome CILPES entre duas espigas deitadas e no reverso um cavalo a galope, para a esquerda. Os vestígios romanos estão presentes um pouco por todo o concelho silvense.[2]

Com a queda do Império Romano, e as invasões dos povos germânicos, Silves foi integrada no reino dos Visigodos, no século V. As primeiras fortificações erguidas no Castelo de Silves podem ter tido origem no período romano, sobre um castro lusitano ou mais tarde pelos Visigodos.

Xelb, Xilb ou al-Shilb era a cidade de Silves durante o domínio muçulmano. Foi onde o poeta e terceiro e último rei Abábida da Taifa de Sevilhaal-Mu'tamid, viveu enquanto ainda príncipe.[10]

O aspecto de Xelb por volta de 1230 foi notavelmente reconstituído pelo artista plástico Victor Borges num conjunto de painéis.

A primeira tentativa da reconquista de Silves, por parte de D. Sancho I, teve início nos começos de 1189, com o auxílio de uma frota de cruzados nórdicos,[6] principalmente dinamarqueses, e de frísios, dos Países Baixos. Posteriormente, o rei português interceptou uma nova frota de cruzados que ia caminho da Terra Santa. Logrou firmar um acordo com estes: a troco da ajuda prestada, poderiam saquear a cidade. Esta nova vaga de soldados era composta por ingleses, alemães e flamengos.[6] A esquadra, constituída por trinta e seis navios de alto bordo e por aproximadamente três mil e quinhentos soldados fortemente armados, partiu do Tejo a 16 de Julho, chegando a Silves quatro dias depois. Sancho I intentou a conquista de Silves, à qual impôs um duro sítio que durou até 3 de Setembro. O rei português prestou-se a grandes esforços que visavam impedir que os guerreiros estrangeiros se entregassem a grandes matanças. Não obstante, o resultado do cerco e dos ataques provou-se desastroso; uma considerável porção da população foi morta e a cidade fortemente pilhada e destruída.[6] Alguns dos sobreviventes partiram rumo a Sevilha, onde encontraram refúgio.[6] Dois anos depois, o miramolim de Marrocos retomou-a, passando-a novamente para as mãos dos mouros que por mais meio século voltariam a controlá-la.[6] Em 1242, D. Paio Peres Correia reconquistou-a definitivamente para os portugueses, no reinado de D. Afonso III.[3]

Vista do Castelo de Silves.

Em 1266, D. Afonso III concede o foral Afonsino a Silves. Nos séculos seguintes a cidade teve uma relevância acentuada na expansão marítima, tendo o Infante D. Henrique sido recebido como alcaide-mor da cidade em 1457, na qual viveu antes de se ter mudado para Lagos e depois para Sagres.[11]

Em 1495, D. João II morreu inesperadamente em Alvor, próximo a Silves, e seu corpo foi provisoriamente sepultado na capela-mor da Sé. Em 1499, com a presença de D. Manuel em Silves, os restos de D. João II foram exumados e transladados ao Mosteiro da Batalha, onde foram sepultados definitivamente. Esse evento é recordado por uma lápide com inscrições góticas localizada na capela-mor da Sé e possivelmente pela construção da Cruz de Portugal, situada já fora do centro da cidade.[12] O sismo de 1755,[13] a reanimação dos portos de Lagos e Tavira, assim como as actividades norte-africanas, afectaram enormemente a cidade de Silves,[6] que só no século XIX começou a recuperar a sua importância, graças principalmente ao desenvolvimento industrial. No final deste século e principalmente no século XX, devido à construção do caminho de ferro e à abertura de importantes estradas, Silves inicia a sua recuperação e ascensão, tornando-se nessa altura numa importante zona agrícola e um centro de produção de frutos secos e de indústria corticeira.[14][15] Silves foi, em séculos passados, capital do Algarve, perdendo esse estatuto em parte devido ao assoreamento do rio Arade, acontecimento esse que diminuiu alguma da sua importância portuária e, por conseguinte, económica.[6]

Segundo  José Hermano Saraiva , Silves foi, durante o domínio exclusivoo, uma colónia de  iemenitas . [6]

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